sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Dia de merda

Hoje o dia já começou atravessado. Não são nem onze da manhã e já estou furiosa.

Primeiro minha rica herdeira resolveu não ir à hidro e eu, que já estava dando um dedo pra não me mover, aproveitei a deixa e não fui. Depois ela jogou um papel em cima de mim. Porra, me jogou um papel. Mas o que é que esta criatura está pensando???? Pois jogou. Se achou no direito de jogar uma porra de um papel na minha cara. Fiquei puta. Parecia aqueles adolescentes com que eu trabalho com suas mães. Com suas mães, que fique bem claro, porque nenhum deles é louco a ponto de fazer isso comigo. Certamente eu os faria comer a porra do papel. Pois a guria me jogou o papel e ainda perguntou: Tu vai fazer o quê? Vai me bater?

Não, não vou. Mas vou ficar um bom tempo pensando por que motivo é que as pessoas têm filhos. Procriam feito coelhos neste mundo cretino pra um filho da puta destes, pelo qual tu te matou noites e noites, te jogar um papel na cara e ainda perguntar o que é que tu vai fazer.

Pra completar, isso fez com que eu me atrasasse a ponto de não ir trabalhar. Só vou à tarde. Mas não é uma merda mesmo começar o dia assim?

Cheguei à conclusão de que, em relação a mim, minha filha é uma filha da puta. Em relação aos outros ela é uma pessoa muito legal, inteligente, parceira. Em relação à mãe, dificilmente poderia ser mais filha da puta (dificilmente, porque tudo sempre pode ser pior).

Nem tudo está perdido, porém. Filosofar numa sexta-feira de merda, com sensação térmica de 40ºC, é só pra quem é macho mesmo.

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