Grandes fotógrafos - Man Ray e Richard Avedon

Man Ray


Emmanuel Radnitzky é o nome  de nascimento do fotógrafo conhecido como Man Ray. Americano, nasceu em 1890. Foi pintor e fotógrafo, um dos fundadores do movimento dadaísta nos USA e anarquista. 


Ao conhecer Marcel Duchamp, estabelece com ele uma parceria profícua. Em 1921, entram para o movimento surrealista.


O Dadaísmo foi filho da Primeira Guerra. Num mundo que se destruía, poucas coisas pareciam fazer sentido. Mesmo a arte, o conceito do que seria arte, é questionado. Para alguns, o movimento dadaísta é a anti-arte. 


Passado esse momento, o surrealismo nasce com uma proposta diferente. Para essa concepção, o questionamento não é o conceito ou a existência da arte, mas a interrogação do que é real na arte. Sua leitura é que a única coisa real é o que nos torna humanos: nossos sonhos, medos, pesadelos, desejos, impulsos. Nossas pulsões, nossa porção desconhecida e incontrolável. O surrealismo voltava-se para essa dimensão da existência humana. 


Trabalhou tanto com o fantástico como com retratos. É dele o primeiro registro de light painting que se conhece. Também foi ele quem criou o processo de solarização de fotografias. Trabalhou ainda com fotogramas. 


Sem dúvida, foi um dos maiores fotógrafos do século XX. Rebelde, inquieto, dedicado, criativo, nunca cansou de procurar o novo em tudo o que fazia. Seus retratos, em especial os femininos, demonstram uma sensibilidade  e uma habilidade para trabalhar com luz e sombra poucas vezes vista. A forma era privilegiada em sua obra da mesma forma que a luz. 



Richard Avedon

A foto  Dovima com elefantes marcou uma época



Fotógrafo americano, nasceu em 1923. 
Filho de fotógrafo russo Jacob Israel Avedon, estudou filosofia na Universidade de Columbia. Aos 18 anos, era co-editor da revista The Magpie. Seu taleto foi revelado logo a seguir, quando, em 1944, foi estudar como auxiliar no estúdio de Alexey Brodocovich. Três anos depois, já fazia campanhas internacionais.
Produziu até o final da vida. Morreu em 2004.
 




Seu trabalho apresenta traços inconfundíveis, com chaves marcantes. Como fotógrafo de moda, Avedon revolucionou o universo da época ao retirar das modelos o atrelamento ao estúdio e dar-lhes movimento: fotografava tanto em estúdio como na rua. 


 











Avedon controlava todos os elementos: o cenário, a luz, a roupa dos modelos. E esperava o momento da foto acontecer. A expressão certa, o movimento certo, a interação entre os fotografados, a pose ou o movimento. Muitas de suas fotos foram obtidas com os modelos saltando.




Usava fundos neutros, para que o cenário não competisse com os modelos. Qualquer que fosse a foto, o tipo humano se sobressaía. Sua luz era difusa: saía em dias nublados ou fotografava à sombra. Relacionava-se com o fotografado, produzia tensões, dirigia-o, relaxava-o.




 










Buscava sempre algo que retratasse o modelo como único.
Marilyn Monroe aparece nessa foto com uma expressão distante e melancólica, bastante diferente da personagem que o cinema criou. 







Nessa foto de Nastasia Kinski, horas foram gastas à espera de que a foto acontecesse. Isso dependia do ambiente, do estúdio, da modelo - mas também da interação entre a modelo e o animal.

 
Movimento era uma de suas marcas. A foto dinâmica, a interação, a vida transpareciam em suas fotos, quer de retratos, de moda, autorais ou de qualquer tipo. 
























 
A modelo com o cão - ambos com o mesmo olhar, a mesma expressão. Preparar a foto e estar pronto para quando  momento acontecer.Há um quê de controle e de espera em cada foto.